Greve Geral de 48 horas começa amanhã!!!

Pixação: RESIST

Uma histórica Greve Geral de 48 horas (numa cultura política onde estas não passam de 24 horas) explode amanhã em toda Grécia, enquanto xs políticxs votam as medidas de austeridade sugeridas pela troika (FMI/UE/BCE) para contornar a crise do capitalismo.

Praça Syntagma ocupada. Trabalhadorxs de todas as categorias nas ruas. Xs trabalhadorxs do metrô decidiram manter os trens funcionando para facilitar o transporte dxs manifestantes. Confrontos inevitáveis com as forças policiais. Ou a Grécia quebra ou adota as medidas da troika e enfrenta a fúria do povo! É agora ou nunca!

Acompanhe aqui a partir de amanhã relatos e informações sobre as lutas travadas durante esta histórica Greve Geral Grega.

Solidarize-se! Divulgue a luta!

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2 Responses to Greve Geral de 48 horas começa amanhã!!!

  1. fogogrego says:

    Deputados debatem medidas enquanto o país paralisa por 48 horas. Maioria do Pasok pode estar por um fio. Sarkozy anuncia que bancos franceses chegaram a uma proposta de reestruturação da dívida grega.

    O Parlamento da Grécia vota esta terça e quarta-feiras o novo plano de austeridade, com mais cortes orçamentários, aumentos de impostos, despedimentos e privatizações. O governo socialista de George Papandreu tem uma maioria de 155 deputados em 300, mas há alguns deles que se opõem às novas medidas, pelo que a maioria do Pasok pode estar por um fio.

    A troika já afirmou que se o plano não for aprovado, não será entregue a Atenas a última tranche do empréstimo negociado há um ano. Mas enquanto os deputados discutem mais sacrifícios para o povo, o país vai ficar paralisado durante os dois dias dos debates e estão previstas grandes manifestações diante do Parlamento em Atenas e nas principais cidades gregas.

    A greve geral de 48 horas convocada pelas centrais sindicais começou às zero horas desta terça e deve paralisar todos os transportes, administração pública, bancos e até farmácias. Nos hospitais, só funcionam as urgências.

    Entretanto, a última tranche só adia por pouco tempo as dificuldades imediatas do Estado grego. A profunda recessão em que o país mergulhou devido às medidas de austeridade levou ao colapso do plano de resgate, e outro empréstimo, que poderá de novo ser superior a 110 mil milhões de euros, está a ser discutido.

    França e reestruturação da dívida

    Entretanto, o presidente de França. Nicolas Sarkozy, anunciou esta segunda que os bancos privados franceses se mostram disponíveis para prolongar a maturidade de 70 por cento dos títulos detidos em obrigações gregas, o que corresponde à reestruturação da dívida grega. Cinquenta por cento da dívida grega detida por bancos franceses seria convertida em novos empréstimos, com uma maturidade de 30 anos, e os restantes 20 por cento investidos num fundo de garantia para assegurar essa nova dívida com muitas garantias.

    Em finais de Dezembro de 2010, os bancos franceses – e em particular o BNP Paribas, o Crédit agricole e a Société générale – estavam expostos à dívida grega em 10 mil milhões de euros, segundo o Le Monde.

    Segundo o presidente francês, os bancos privados alemães examinam com interesse a proposta francesa e poderiam estar dispostos a participar na reestruturação da dívida.

    Novas medidas

    Veja abaixo um resumo das principais medidas de austeridade que vão ser votadas:

    Nova subida de impostos – Passam a pagar IRS todas as pessoas que ganham mais de 8.000 euros por ano (antes eram 12.000), é criado um imposto de solidariedade de 1% a 5% sobre o rendimento, e um novo imposto sobre de 450 euros por ano aos trabalhadores autónomos. Sobe a taxa do combustível para aquecimento e o IVA de bares e restaurantes aumenta de 13% para 23%.

    Mais cortes nas despesas do Estado – Aperto dos critérios de benefícios sociais, incluindo os subsídios de desemprego (taxa de 15,9% no primeiro trimestre), e redução de algumas pensões. Reduções específicas de salários na administração pública, que passa a só poder contratar uma pessoa para dez que saiam (actualmente a proporção era 1 para 5). Passa a ser possível despedir funcionários de órgãos públicos extintos ou que se fundiram com outros.

    Privatizações – Passam a ser promovidas por um Fundo de Exploração do Património do Estado, onde terão postos de observadores representantes da Zona Euro e da Comissão Europeia. Estão previstas as privatizações dos portos e aeroportos, dos correios, das empresas de energia (electricidade, petróleo e gás). A maior parte das vendas está prevista até 2013, ao mesmo tempo que o Estado deve encontrar concessionários privados para as suas propriedades imobiliárias.

    O objectivo anunciado para este novo plano, que vem ampliar aquele que já começou a ser aplicado há um ano e não funcionou, é de conseguir 28,4 mil milhões de euros de cortes orçamentais, e a arrecadação de 50 mil milhões em privatizações até 2015. O défice público terá de ser 1,1% em 2015.

    De: http://pt.indymedia.org/conteudo/newswire/5049

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