Acampamento da Praça Syntagma despejado pela polícia nesta madrugada

Aproximadamente às 4:15 da manhã deste sábado 30/07, pesadas forças de polícia antidistúrbio entraram na praça Syntagma, destruindo e removendo as barracas e tendas que lá estavam. Pelo menos 8 pessoas foram detidas. Isto segue a ordem dado pelo promotor geral Eleni Raikou e a “promessa” do prefeito Kaminis de que o acampamento de Syntagma seria removido dentro de dias, já que isto estaria manchando a imagem de Atenas durante a temporada turística.

Um encontro foi chamado esta noite às 18hrs e a assembléia popular geral acontecerá às 21hrs, como normalmente.

assista aqui o vídeo do despejo

[notícia publicada em: from the greek streets / tradução livre: fogogrego]

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“O governo declarou uma guerra de 30 anos contra a sociedade” – Comunicado de imprensa da Assembleia Popular da praça Syntagma

Segunda-feira, 25 de julho, 2011.

O Governo Grego celebra os resultados da reunião de cúpula, durante a qual decidiram simplesmente assinar o novo pacote de “resgate”, seguindo as ordens da Troika (FMI, UE, BCE), para um país que já está devastado pelo Memorando.

Então, o que o governo está celebrando exatamente? O fracasso de um memorando que foi aplicado com uma arma na cabeça do povo Grego? A declaração de guerra econômica contra a sociedade pelos próximos 30 anos? O balanço, pelos próximos 30 anos, da maior parte dos custos através das despesas das gerações futures? A inadimplência que ainda lança suas sombras sobre o país? E se isso fosse de fato, motivo para celebrar, que medidas o governo irá tomar após este grande “sucesso”?

Novos empréstimos – novos memorandos

Um memorando trás o outro. O programa de 158 bilhões de euros cujo objetivo é, supostamente, salvar a economia Grega, na realidade, irá salvar os bancos e a conta novamente irá para o povo Grego. Não seria essa a verdade razão da celebração do governo?

Este mesmo governo aceitou dar garantias colaterais para os nossos credores. Por esta questão, não só o governo permanece em completo silêncio e não os especifíca com exatidão, mas ao contrário, tenta de todas as formas nos persuadir que o plano será um sucesso, um plano seguindo exatamente a mesma política de assalto à sociedade, que trouxe o primeiro fracasso do memorando. Novos impostos, novos cortes, novos sangramentos na renda das mesmas classes sociais.

As Praças ainda estão aqui

É o início de Agosto e as pessoas ainda estão nas praças. Apesar da indolência do verão, as calúnias da mídia, apesar dos planos das autoridades centrais ou municipais que pretendem que voltemos para nossas casas. Eles parecem ignorar o fato de que o movimento das praças é uma resposta para a necessidade de uma defesa da sociedade. O que tem acontecido, até os dias de hoje, não é nada mais do que um início, um legado para lutas vindouras. Nós tivemos a disposição, nós conquistamos o medo, e nós obtivemos solidariedade.

Este Setembro não irá assinalar um retorno para rotina. Vai marcar um retorno para a batalha, um retorno para a tentativa de derrubar a polícia e as forces que estão fazendo o povo Grego afundar em pobreza e miséria. O início do outono será uma primavera para as nossas lutas.

Portanto, nós chamamos, no dia 3 de Setembro, para uma nova grande mobilização com o objetivo de articular a atual luta com outros do nosso povo, contra a tirania e contra o depotismo, visto que o 3 de Setembro marca a conquista da nossa primeira Constituição. Um conceito que não é algo importante para o governo desde que ele a transformou em um mero pedaço de papel. E este é apenas o começo.

Na rota da nossa guerra

Nós não temos escolha. A derrota de todos aqueles que nos oprimem e nos privam de nossas esperanças por uma vida melhor é uma estrada de mão única. Nós não permitiremos que o novo memorando passe, e não passará. Nós não estamos em débito, nós não vendemos, nós não pagaremos! Permaneceremos nas praças da Grécia, por quanto tempo for preciso, fiéis aos nossos objetivos, verdadeiros, implementando a democracia direta. Estamos determinados a ter bom êxito.

Hoje, o dia da restauração da democracia após a junta militar, um dia que se tornou nada mais do que um dia de recepção na Mansão Presidencial, nós honramos a decisão de resistência daquele tempo para se abster da recepção e nós declaramos:

Esta luta continuará, e irá continuar até a vitória.

IGUALDADE-JUSTIÇA-DIGNIDADE

DEMOCRACIA DIRETA JÁ!

A Assembleia Popular de Syntagma.

[publicado em from the greek streets / tradução livre: fogogrego]

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Quatro viaturas policiais incendiadas pelos Grupos Revolucionários pelo Alastramento do Terror – Atenas, Grécia

O.R. CCF

O comunicado:

“Um PLANO Sábado dia 02 de julho, antes das 2am e enquanto Atenas se mantinha acordada sob os beats incessantes das festas e clubes, escolhemos uma vez mais colocar nossa própria opinião sobre os maiores hits deste verão. O alvo desta vez, nada mais nada menos que os cães da democracia, mais conhecidos como os porcos policiais. Na guerra que experimentamos as únicas imagens de regozijo são as práticas agressivas tanto contra o inimigo quanto às suas posses materiais. Não precisamos entrar na lógica dos dilemas, o que é preciso é munição, imaginação e um plano específico de ataque. Pegamos nossos dispositivos incendiários e rumamos ao Thicket de Nea Smirni. Estavam lá “nos esperando” quatro viaturas policiais municipais estacionadas. O único empecilho à nossa relativamente fácil missão era o chalé de madeira com guardas de segurança / conhecidos dedos-duros.  Felizmente para eles o deus da sorte (e não só ele) sorriu e durante toda a missão eles não viraram seus olhos para a janela que dava diretamente para os alvos, forçando nosso grupo de ação estratégica de prontidão (soco inglês, bastões, silver tape), que estava próximo às portas e janelas, à inação.

Uma AMEAÇA Entretanto atenção, talvez da próxima vez não escolheremos passar batido por todo dedo-duro em potencial, mas ir pra cima dele e isto não é um aviso, mas uma ameaça. E algo mais para todos vocês desgraçados de segundo escalão (guardas municipais, guardas de segurança, vigilantes), porque estamos de bom humor daremos a vocês três palavras-chave que talvez vocês achem de bom uso para o futuro, caso se ache em uma situação similar com seu colega, ignore – esqueça – relaxe. Em caso de dúvidas, o melhor é renunciar antes de escolher qual das três opções você vai tomar.

Uma SUGESTÃO Nesta parte gostaríamos de nos apresentar mais extensivamente que da primeira vez. Somos os Grupos Revolucionários pelo Alastramento do Terror e pertencemos à Rede da Nova Conspiração. Somos mais um grupo da guerrilha urbana e nos consistimos de células e grupos de trabalho que põe em prática planos almejem em danificar alvos inimigos, tanto para a decomposição da infra-estrutura deles quanto para a melhoria da nossa infra-estrutura. Nosso inimigo é tudo o que ataca a liberdade e o inimigo está em todos os lugares. Da civilização soberana, sociedade, Estado, relações econômicas e autoridade até todos aqueles nojentos servidores passivos dos acima mencionados. Assim por conseqüência temos a intenção de expor as linhas escondidas dos inimigos que ficam difusas nessa mistura social. Assim, com ataques freqüentes de menor ou maior escala criamos um problema dentro do país e estragamos sua imagem no exterior. Particularmente na presente situação consideramos que ataques freqüentes ao inimigo são bem úteis.

Uma PROPOSTA Chamamos a todxs compas e organizações revolucionárias a criar um forte round de ataques de guerrilha à tudo e todos responsáveis pelo vazio da vida. Para mostrar que estamos VIVXS e somos LIVRES HOJE. Não estamos esperando por nada nem ninguém.

Adiamentos agora não têm significados para nós. Sem mais. QUEIMAREMOS TUDO! “ENGOLIREMOS AQUELES QUE NOS SUBJUGARAM”

P.S.1 as cinzas das viaturas de polícia devem ser consideradas uma dedicação à Theofilos Mavropoulos

P.S.2 Erguemos os punhos axs orgulhosos reféns da O.R. Conspiração das Células de Fogo do primeiro período, e notificamos que andaremos juntxs na trilha da recusa e do ataque. Assim como a qualquer um (refém ou não) que escolha andar contra este mundo tomando as vidas em suas mãos.

Front Internacional Revolucionário

Conspiração das Células de Fogo

Grupos Revolucionários pelo Alastramento do Terror

Células de Destruição Incendiárias”

[ fonte: indymedia atenas via social rupture / tradução para o inglês boubourAs  /actforfreedomnow! / tradução livre para o português: fogogrego]

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“Em breve… numa praça perto de você!”

Ótimo vídeo do pessoal da Democracia Direta Já sobre os acontecimentos na Grécia:

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Karditsa: chamado antifascista para 29 de julho

Nos dias 29, 30 e 31 de julho, os “nacionalistas autônomxs” acamparão pela terceiro ano consecutivo no lago Plastiras, que é localizado próximo à cidade de Karditsa [N.FG.: a oeste de Thessalía, Grécia].

Dado que ultimamente elxs tem se tornado ainda mais impertinenetes em diferentes cidades, mas também porque consideramos inaceitável deixar os seus encontros sem resposta enquanto elxs garantem essa deplorável festa, muitoxs compas em Karditsa decidiram levar o assunto a público na cidade e chamar por um encontro antifascista na sexta, 29 de julho às 17hrs, na praça Plastira (Pafsilipou) em Karditsa.

Lê-se no poster:

Entenda o fascismo…

Nos dias 29-30-31 de julho acontecerá o acampamento nacionalista autônomo no lago Plastiras.

Não devemos coexistir com gangues fascistas para-estatais.

Não devemos tolera-lxs agindo e permanecendo em nossas cidades e vilas.

Não devemos permitir que envenenem o ar e o ambiente com sua ideias doentes.

O fascismo não morrerá sozinho… Destrua-o!

Encontro, Sexta, 29/07, 17hrs, Praça Pafsilipou

Iniciativa Antifascista de Karditsa

[publicado em contra info / tradução livre: fogogrego]

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Fogo em todas as prisões!

A prisão … Todos nós temos delas uma vaga ideia, uma reportagem na TV, o enésimo assassinato da administração prisional na rúbrica “diversos” dos jornais diários, a indignação breve e a baixo custo por aqui e ali. Ouvimos todos falar e agimos como se ela não existisse. Como se em cada dia dezenas de milhares de entre nós não fossem reféns do Estado, sózinhos nos seus périplos prisionais individuais, isolados de todos e reprimidos em silêncio. No entanto, muitos de nós temos um irmão, um amigo, um primo na cadeia, ou já fomos visitar um parente encarcerado, eventualmente acabando por achar isso banal. A curta estadia na prisão, afinal, não é difícil de ser experimentada uma vez, duas, três vezes ou mais, de uma forma ou de outra, de fato ou por procuração.

Aprisionar outros seres humanos dentro de gaiolas com alguns metros durante alguns meses ou mesmo anos, aniquilar toda a vontade neles, espremê-los como limões, esmagá-los, negar-lhes o amor, atormentá-los, dopá-los, ameaçá-los com o juiz, matá-los, tratá-los como se fossem pior do que lixo e obrigá-los a trabalhar como condenados às galés; a prisão é a barbárie em toda a sua glória, é o reinado mais completo de um punhado de sádicos e de obedientes e servos executantes. É o último assobio de uma bala vinda a direito à nossa cabeça enquanto todos os olhares estão totalmente absortos na sua própria miséria. É o meio pelo qual este mundo se vinga contra toda a anormalidade ou contra a concorrência. É uma das maneiras através das quais o mundo impõe a paz.

A prisão tem pelo menos um mérito, com ela as coisas são claras: nada de bla-bla ou “sim, mas …», uma˙sociedade que tem necessidade de prisões para se manter é uma sociedade que declarou guerra a uma parte de si própria. Uma sociedade que se orgulha de gerir de forma tão violenta esses campos de concentração modernos é uma sociedade que coloca a cabeça na guilhotina da revolta, que justifica a necessidade da sua destruição. Bem tentarão reformar de alto a baixo as prisões, colocar placas de ouro, climatizá-las ou reduzir o tamanho das matracas, a violência continuará a imperar na prisão e a prisão continuará a ser o mesmo problema que sempre foi…

É a audácia da liberdade que importa e não a covardia de um regime repressor.Uma prisão aceitável é aquela que arde!

Fala-se já em 30 mortes de detidos, desde o início do ano. Ainda se atrevem a falar sobre suicídios e acidentes. Atrevem-se a sugerir que é indolor ser enforcado numa prisão, é indolor morrer “acidentalmente” dos golpes dos guardas. Falamos de “suicídios”, tentativa de nos convencer que não é a administração das prisões ou o estado que mata. Mas para nós é claro que cada morte na prisão é um assassinato em seu nome. E as condições de vida das pessoas dentro e fora da prisão só diferem no grau de tensão e agravamento da situação. A prisão não é senão o reflexo exagerado da sociedade através de uma lente de aumento.

Tudo é pior na prisão, mas tudo é completamente o mesmo fora dela…

A mesma merda, os mesmos mecanismos autoritários, a mesma tendência para a dominação, a mesma violência entrelaçada com a paz social, o mesmo perfil, as mesmas relações e as mesmas correlações entre as pessoas, sejam económicas ou sociais.

É tão difícil falar calmamente da prisão, permaneceu intocada da atmosfera que envolve as nossas vidas. Mas as lágrimas não levam a lugar algum, nem podemos fazer como eles; lágrimas apenas para afogar-nos…

A indignação nunca jogou nada contra a parede, e nunca irá derrotar a prisão, Lei e Lei, uma vez construída a partir das suas próprias pedras.

Nesta sociedade que tem necessidade de nos prender, criam-se mecanismos para isso: prisões, hospitais psiquiátricos, centros de detenção, escolas, lares de idosos, acampamentos humanitários, fábricas, hospitais, reformatórios, linhas de apartamentos residências escolares, de reabilitação, custódia, etc

Nesta sociedade em que alguns optam por se tornar carcereiros, juízes, polícias, a nossa escolha é clara: fogo em todas as prisões. Fogo no estado.

As prisões devem ser destruídas uma por uma, serem demolidas pedra por pedra, juíz a juíz, carcereiro a carcereiro.

VAMOS DESTRUIR AS PRISÕES DESTRUINDO A SOCIEDADE, PORQUE UMA SOCIEDADE QUE TEM NECESSIDADE DE APRISIONAR E HUMILHAR É ELA MESMO UMA PRISÃO!

DESTRUAMOS AS GRILHETAS COM RAIVA E ALEGRIA

[retirado de contra info]

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Tribunal de Atenas condena 6 anarquistas por terrorismo

Um tribunal de Atenas condenou nesta terça-feira (19 de julho) seis pessoas a penas entre 11 e 25 anos de prisão por sua ligação com o grupo anarquista Conspiração das Células de Fogo por atentar contra vários políticos. As sentenças mais duras, de 25 anos, foram para Haris Hatzimihelakis e Panagiotis Argyrou, por “criar uma organização terrorista, elaborar e possuir explosivos e instigar moralmente três atentados com bomba”.

Esses ataques, todos em 2009, tiveram como alvos um ministro conservador, uma deputada socialista e os escritórios de um Ministério, mas não deixaram mortos ou feridos. Os outros quatro, Panayiotis Masouras, Mitrousias Alexandros, Konstantina Karakatsani e Giorgos Karagiannidis, foram declarados culpados de “pertinência a um grupo terrorista, colaboração em atentados com bomba, posse e uso de explosivos”. Um sétimo acusado, Emmanuel Yiospas, foi condenado a três anos de liberdade condicional por delitos de falsificação e roubo. Além disso, dois réus, Nikos Vogiatzakis e Errikos Rallis, foram inocentados por falta de provas.

Os componentes do grupo Conspiração das Células de Fogo foram detidos ano passado após uma série de atentados com pacotes bombas contra várias embaixadas em Atenas, inclusive a do Chile e do México. Durante aquela onda de ataques, foram enviados artefatos explosivos à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente francês, Nicolás Sarkozy, que chegaram a burlar os controles alfandegários e foram interceptados e detonados pelas autoridades dos países de destino. Esse último atentado ainda será julgado.

[veiculação: agência de notícias anarquistas-ana]

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Grécia: Texto de prisioneiros políticos sobre a proibição de saída da Flotilha Gaza Livre

Palestinxs prisioneirxs.

No início de Julho o governo grego, atuando exclusivamente em nome do Estado de Israel, ordenou a proibição de saída da Flotilha da Liberdade 2 (Freedom Flottilla 2), um grupo de navios que transportam ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, em solidariedade com o povo palestiniano.

Indubitavelmente que tanto o bloqueio dos navios, pelas forças militarizadas da Guarda Costeira grega, como a posterior ordem de proibição de navegação, pelo Ministério da Proteção ao Cidadão (ndt. novo nome do Ministério da Ordem Pública), não constituem “incidentes isolados” de desvio autoritário, uma vez que o autoritarismo é, de fato, a política da democracia parlamentar; tal situação é omnipresente: do ataque em campo aberto às manifestações massivas até à repressão desproporcionada de manifestações de resistência e protesto; da intensificação do ataque do Capital contra o proletariado até às relações dos neo-janízaros de EL.AS. [Polícia grega] com os grupúsculos de extrema-direita.

Juventude palestina combatendo com pedras as forças de ocupação israelense, Jerusalem, 2010.

A proibição de partida vem juntar-se não só ao dogma da repressão ajustada à crise financeira mas também à nova dogmática das trocas financeiro-militares, no âmbito da aliança entre os estados grego e israelita.

Perante este autoritarismo, ativemos a nossa solidariedade internacionalista!

Solidariedade com os milhares de presos políticos palestinianos que iniciaram uma greve da fome nas prisões israelitas a 3 de Julho.

LIBERDADE AO POVO PALESTINIANO!

Polykarpos Georgiadis, Michalis Traikapis, Alekos Kossyvas, Nikos Maziotis, Kostas Gournas, Pola Roupa, Dimitris Koufontinas, Yannis Dimitrakis, Simos Seisidis, Kostas Sakkas, Nina Karakatsani, Stella Antoniou

[retirado de contra info]

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Endereços postais dxs prisioneirxs membrxs da R.O.CCF

Não deixem as prisões nos isolar!

Endereços postais dxs nove prisioneirxs membrxs da Organização Revolucionária Conspiração das Células de Fogo

Para correspondência/comunicação com xs prisioneirxs membros da R.O.CCF, publicamos seus endereços postais:

Christos Tsakalos, Grevena casa de detenção geral [Geniko katastima kratisis Grevenon], 51 100 Grevena, Greece

Gerasimos Tsakalos, prisões Domokos [Filakes Domokou], 35 010 Domokos, Fthiotida, Greece

Damiano Bolano, prisões Domokos [Filakes Domokou], 35 010 Domokos, Fthiotida, Greece

Panagiotis Argirou, prisões judiciais Koridallos [Dikastikes filakes Koridallou], 18 110 Koridallos, Athens, Greece

Haris Hadjimihelakis, prisões judiciais Koridallos [Dikastikes filakes Koridallou], 18 110 Koridallos, Athens, Greece

Giorgos Nikolopoulos, prisão judicial Komotini [Dikastiki filaki Komotinis], 69 100 Komotini, Greece

Giorgos Polidoros, prisão fechada de Corfu [Klisti filaki Kerkiras], 49 100 Corfu Island, Greece

Olga Ekonomidou, Eleonas–Thebes casa de detenção geral [Geniko katastima kratisis Eleona Thivon], 32 200 Thebes, Viotia, Greece

Michalis Nikolopoulos, prisão fechada de Trikala [Klisti filaki Trikalon], 42 100 Trikala, Greece

Para comunicação mais direta e de melhor qualidade, uma caixa postal será aberta logo e será publicada no Indymedia Atenas.

Camaradas em solidariedade
Quinta, 14 de julho, 2011

[retirado de contra info / tradução livre fogogrego]

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Carta do preso C.K.

Carta de um homem de 22 anos que foi hospitalizado depois de ter sido violentamente detido pro um esquadrão de polícia ao deixar o concerto D.I.Y. da rádio livre 98FM na Politécnica de Atenas na sexta, 8 de Julho (depois da meia-noite).

No 14 de Julho uma juíza investigativo visitou o hospital Erithros Stavros [Cruz Vermelha] onde C.K. tem estado hospitalizado desde que foi espancado por policiais na sexta, do lado de fora da Politécnica. Ajuíza investigativa disse que C.K. é “perigoso à segurança pública”e emitiu uma decisão para seu encarceramente pré-julgamento. Quando viu os ferimentos graves de C.K., ela teve a audácia de dizer que “policiais não faziam tais coisas” e não se importou em perguntar nada mais sobre o incidente.

C.K. está enfrentando acusações de crimes graves como resultado do testemunho de um policial contra ele. Chamamos a todxs presentes durante a hora de seu espancamento para ajudar como testemunhas neste caso.

“No amanhecer do sábado, 9 de julho, enquanto estava saindo de um concerto na Polytechnio (Atenas) indo em direção à rua Bouboulinas, fui repentinamente atacado por um esquadrão da polícia que estava numa ruela próxima. Cerca de 10 homens da unidade anti-distúrbio (MAT) me atacaram, me espancando violentamente com seus cassetetes, mas também com chutes e socos. Me batiam principalmente na cabeça e costelas com muita fúria; muitos deles usavam seus cassetetes virados ao contrário me atingindo com a ponta metálica, praguejando e dizendo coisas indescritíveis.

Poucos minutos depois, enquanto eu estava sangrando e em condição semi-consciente, eles me arrastaram para uma van de patrulha próxima e me lavaram com água, álcool etílico e qualquer líquido que tivessem em mãos.

Por volta de 03:45am, fui transferido para o QG da polícia. Apesar da minha situação ser péssima, ninguém deu atenção. Eu pedia por um médico dizendo que estava em agonia e eles negaram, dizendo que antes deveriam passar pelos procedimentos. Deixaram-me sangrando num corredor, indiferentes [à minha situação médica crítica] até mesmo quando perdi meus sentidos.

Na manhã seguinte anunciaram que eu tinha sido preso e acusado de… ter jogado um coquetel molotov contra o esquadrão de polícia.

Apesar de eu ter um traumatismo profundo de alguns centímetros de profundidade no meio do meu crânio e hemorragias em várias partes do meu corpo, não fui transferido a um hospital; disseram que antes eu deveria me apresentar frente ao promotor. Depois de me trasnferirem para a corte onde eu fui formalmente acusado de dois crimes graves e dois médios (explosão, posseção de material explosivo, distúrbio do espaço público e insultos). Então fui transferido a um hospital.

Do meu primeiro encontro com as forças de “segurança”, tirando a parte das acusações e o risco imediato de ser detido temporariamente, sofri “de graça” uma série de ferimentos físicos. Mais particularmente, sofri uma fratura craniana, corte profundo na cabeça que necessitou de 9 pontos, um dente quebrado, cortes na pele na face e orelhas, fraturas no cotovelo e ombro, ferimento profundo na perna que também precisou de 10 pontos, deslocamento de joelho, ferimentos múltiplos e de alta intensidade de cassetetes nas costelas e nas costas, o que me causou insuficiência renal.

Estou hospitalizado guardado por policiais que tentam fazer minha estada aqui ainda mais difícil. Eles chegaram ao ponto até de proibir de desligarem as luzes da enfermaria, exigindo que eu e outros pacientes dormíssemos com as luzes acesas.

O mais ultrajante é que o documento legal que foi emitido, apesar das acusações falsas contra mim, não se referem a parte nenhuma sobre o abuso que venho sofrendo. Há apenas o depoimento de um policial (nenhum dos outros policiais do esquadrão se meteram a testemunhar, ou por que não notaram nada ou pelo medo de tomar responsabilidades de suas ações). A única coisa que este policial notou foi eu jogando um molotov e então sendo preso (tudo dentro da lei).

Ainda não sei se há algum dano permanente causado a minha saúde. O que eu sei é que eles quiseram me matar.

Aqui algumas fotos da saída do meu encontro com a polícia; chamo a todxs que testemunharam o ataque contra mim ou que tenham material fotográfico, contatem-me através deste email: solidarity_xk@yahoo.gr.

C.K.’

[retirado de contra info / fonte: indymedia atenas /tradução livre fogogrego]

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