Abaixo o Estado e o capitalismo
Revolução social para a anarquia
Quarta-feira15 de junho: GREVE GERAL
Encontro às 11:00 am, no Museu Nacional Arqueológico, Atenas
Assembléia Anarquista para Autodeterminação Social
Abaixo o Estado e o capitalismo
Revolução social para a anarquia
Quarta-feira15 de junho: GREVE GERAL
Encontro às 11:00 am, no Museu Nacional Arqueológico, Atenas
Assembléia Anarquista para Autodeterminação Social
GREVE GERAL AMANHÃ! QUARTA-FEIRA, 15 DE JUNHO!
Grécia prepara uma nova Greve Geral para 15 de Junho. Mobilizações são dirigidas contra o novo acordo (Memorando) entre o governo e a troika (FMI / UE / BCE), que deverá ser votado no parlamento, na manhã do dia 15. A Assembleia da Praça Syntagma apelou a um bloqueio do parlamento. Ao mesmo tempo, os imigrantes e anarquistas lutam duramente em toda a Grécia, procurando bloquear os ataques assassinos dos neo-nazis que se realizam com a cobertura da polícia grega.
Uma multidão, cujo tamanho é difícil de estimar, reuniu-se no dia 5 de Junho, no centro de Atenas para protestar contra a crise e o Memorando. Ao Apelo para uma acção europeia mais de 150.000 mil pessoas alagaram a Praça Syntagma e muitas avenidas centrais nas proximidades.
Todos os tipos de manifestantes – jovens, velhos, crianças – confluiram para a Praça Syntagma, protestando contra o desemprego, a impunidade política, da corrupção e da introdução do segundo memorando.
Em Salónica, dezenas de milhares reuniram-se em frente à Torre Branca [Lefkos Pyrgos] e o número de manifestantes chegou aos 30.000. Foi o maior protesto até agora de “indignados”. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o FMI, juntamente com outros como “tomar as ruas antes que nos crucifiquem” e “não vão nos tirar os direitos”.
Protestos semelhantes ocorreram noutras cidades gregas também.
Em Patra, os manifestantes apareceram com dois mock-ups (do vice-presidente do governo Theodoros Pagalos e de Angela Merkel). Milhares de pessoas reuniram na praça do Georgiu e gritaram slogans como ” Eu sinto muito! Eu não posso pagar pela crise / o meu dinheiro está numa conta bancária na Suíça “ou “Referendo do FMI agora!”
Entretanto, em Chania (Creta), um grupo armado de extrema direita (cerca de 20-30 pessoas), possivelmente relacionado com o grupelho neo-fascista “Golden Dawn”, apareceu na Praça Agoras onde a Assembleia de “Democracia direta Agora!” tinha lugar, com o objetivo de expor o seu discurso de ódio. Perante os abusos físicos e verbais deste grupo e com a ajuda de alguns dos participantes e doutros transeuntes, os fascistas foram expulsos.
A extrema-direita tem encontrado um travão na ação dos anarquistas que têm tido um papel fundamental na defesa dos imigrantes – vítimas privilegiadas dos seus ataques assassinos – depois de terem sido eles próprios alvo de ataques concertados de grupos de neo-nazis, com a cobertura da polícia.
Até agora, as Assembleias têm sido pacíficas. As pessoas estão a se unir, independentemente da convicção política, por razões puramente económicas.
Na noite de 11 junho, a Assembleia Popular da Praça Syntagma anunciou um Apelo para o bloqueio do Parlamento grego antes da votação do chamado Acordo Intercalar entre o governo grego e a troika (FMI / BCE / UE). O novo acordo inclui aumento de impostos selvagens, mais redução dos salários e das pensões e a lay-off de mais de 100 mil funcionários públicos nos próximos anos.
Entretanto o movimento anarquista está na rua também, combatendo os neonazis e os racistas e tentando edificar canais de comunicação com os imigrantes para organizar grupos multirraciais de autodefesa ativa e para provocar o isolamento político dos fascistas nos bairros.
A cidade está novamente a preparar uma Greve Geral (15 de Junho).
Mobilize-se, a luta é internacional!
“Do rio que tudo arrasta
diz-se que é violento
Mas ninguém diz violentas
as margens que o comprimem” _B. Bretch
por: Agência de Notícias Anarquistas - ANA [Finlândia] Anarquistas realizam ações de solidariedade internacional [A declaração a seguir foi publicada originalmente no portal anarquista finlandês Takku.net. No último fim de semana (5 de junho) um blog islâmico tentou levar o crédito por uma série de ações diretas incendiárias, até que um comunicado anarquista foi publicado na segunda-feira, 6 de junho, colocando os ataques como marco da luta anti-estatal e anti-capitalista.] Comunicado: Na noite de terça-feira, 13 de abril, queimamos cinco contêineres de lixo na estação de trem Pukinmäki, em Helsinque. Também escrevemos algumas frases pelos espaços livres [okupações] em algumas paredes. Durante as duas noites seguintes queimamos lixeiras em vários locais na cidade de Vantaa. Na terça-feira, 19 de abril, atacamos a polícia; acendemos uma fogueira na rua, e quando a polícia apareceu, nós os recebemos com pedras e bombas de tinta. A polícia reagiu atacando as proximidades do Centro Social Satama, que se encontrava vazio, após um longo cerco e assalto subseqüentes. Durante a noite de 31 de maio, no distrito de Pukinmäki, Helsinque, fechamos a estrada Kenttätie - freqüentemente usada pela polícia - com várias lixeiras em chamas. De manhã cedo, na sexta-feira, 3 de junho, no distrito de Pasila, em Helsinque, colocamos uma bomba debaixo de um carro da Turvatiimi (uma empresa de segurança privada). Embora a bomba estivesse totalmente funcional, decidimos não explodi-la, para garantir que os presentes e trabalhadores em outras empresas vizinhas não fossem postos em perigo. É também por isso que levamos a bomba para que todos no tribunal pudessem vê-la. No início da manhã do sábado, 4 de junho, atacamos dois postos de gasolina com coquetéis molotov, no bairro de Tapaninvainio, em Helsinque. Na manhã de segunda-feira, 6 de junho, fizemos ameaças de bomba às seguintes embaixadas: Bielorússia, Rússia, Espanha, México, Chile, Estados Unidos, Alemanha, Grécia e Itália. Escolhemos esses países devido às lutas realizadas lá. Queríamos que os representantes destes países sentissem um pouco de medo, que nossos companheiros anarquistas enfrentam em sua luta diária contra a máquina opressora do Estado. Com estes ataques queremos mostrar a nossa solidariedade para com os nossos companheiros do Centro Social Satama e sua luta por espaço livre. Também enviamos saudações revolucionárias aos imigrantes Roma em Helsinque, que são oprimidos diariamente pelos violentos aparelhos do Estado. Com esses ataques também expressamos nosso apoio a cada prisioneiro anarquista, e lembramos que a luta continuará, apesar das tentativas de repressão por parte do Estado. A hora do diálogo vazio acabou; vida longa à anarquia! Anarquistas.
A quarta-feira passada, dia 08/06, foi movimentadíssima para nossos compas antifa da Grécia. Abaixo ações que acontecerem neste dia, trazidas até nós pela tradução da competente Agência de Notícias Anarquistas.
Guerra de todos os modos contra o Estado e os fascistas.
Hoje, na Grécia, a luta antifascista pela resistência e a autodefesa dos nativos e dos imigrantes é, mais que nunca, necessária. Nos últimos meses intensificaram-se a guerra declarada – há muito tempo – do Estado, dos patrões, dos bandos fascistas e paraestatais, mas também dos “indignados” patriotas contra as parcelas mais pobres, minoritárias e/ou marginalizadas da sociedade grega. Os incidentes narrados a seguir, de violência racial e fascista dos bandos neonazistas, são só alguns exemplos dos numerosos ataques contra imigrantes que acontecem especialmente no centro de Atenas, mas também em outras cidades gregas e que nunca são divulgados pela imprensa corporativa ou mesmo conhecidos mais amplamente pela população.
Ataque antifascista em Patras
Cerca de 40 antifascistas, do grupo “Vagabundos com Memória e Consciência”, invadiram uma casa que funcionava como espaço neonazista da organização Xrysh Aygh (Amanhecer Dourado), no dia 8 de junho, em Patras. O local é utilizado para armazenar panfletos, bandeiras, material de propaganda e outras parafernálias racistas. O antro fascista, que fica na rua Ilias 34, na praça Omonia, pertence a um figurão chamado Vasilis Kokkalis, que tem o seu escritório na rua Mezonos 134 e mora na rua Gunari 113-119.
Esta ação direta foi realizada algumas horas antes de uma concentração programada, às 19h, por um grupo de neonazistas na vizinhança de Zaruhleika. No mesmo dia foi articulada outra reunião de patriotas-racistas neste bairro às 20h contra o plano de construção do novo porto de Patras neste bairro, que significará, provavelmente, a movimentação de grupos de imigrantes também, na sua tentativa de embarcar da Grécia para a Itália. Depois deste primeiro apelo foi chamado outro, via facebook, pelos neonazistas da Xrysh Aygh, às 19h, no mesmo lugar.
Desde as 17h30 antifascistas juntamente com imigrantes concentraram-se perto do acampamento dos imigrantes e permaneceram lá até a noite para combater possíveis ataques neonazistas. Os 100 fascistas que se reuniram vindos de várias partes da Grécia – conseguiram apenas realizar uma marcha de 100 metros. Também durante toda a tarde um grupo de aproximadamente 20 sujeitos paraestatais (possivelmente policiais à paisana) ficou perto do clube dos torcedores do Panahaiki, os “Navajo”, que são bem conhecidos pelas suas ações antifascistas dentro e fora dos estádios de futebol.
Violência estatal e neonazista em Igoumenitsa
No mesmo dia (8), na cidade de Igoumenitsa, realizou-se uma invasão da polícia com muitíssimos agentes da MAT (Tropa de Choque) no acampamento dos refugiados e imigrantes que fica na montanha perto do porto da cidade. A operação repressiva tinha começado um dia antes com um bloqueio do acampamento. As famílias dos refugiados, entre as quais há muitas crianças, ficaram sem água e comida, enquanto os parasitas da autoridade bombardearam o acampamento com gás lacrimogêneo, golpeando e prendendo centenas de refugiados e imigrantes e transferindo-os para vários centros de detenção em toda Grécia. Não se sabe ainda o numero exato de feridos e detidos.
Poucos dias antes, no dia 3 de maio, realizou-se em Igoumenitsa, no porto da cidade, uma concentração racista de 500 patriotas e um ataque coordenado de grupos de neonazistas junto com forças da polícia contra o acampamento dos imigrantes e pessoas solidárias. No dia seguinte neonazistas invadiram o squat autogerido Keli tis Eleftherias (Célula da Liberdade), que fica na universidade técnica da cidade, e atacaram as pessoas que se encontravam lá dentro.
Anarquistas nas ruas combatendo os neonazistas
O movimento anarquista está na rua também combatendo os neonazistas e os racistas e tentando edificar canais de comunicação com os imigrantes para organizar grupos multirraciais de autodefesa ativa e para o isolamento político dos fascistas nos bairros. Exemplos característicos desta luta são os seguintes:
Na última quarta-feira (8) realizou-se na Praça Victoria a segunda assembléia popular onde participaram 100 pessoas, a maioria imigrantes de vários países da África e da Ásia. A assembléia popular na Praça Victoria teve como objetivo a criação de pontes interculturais entre a população grega do bairro e as várias comunidades de imigrantes, e que resultou na organização de uma série de atividades que começaram neste domingo (12) com o fim de estabelecer uma presença antifascista continua neste bairro do centro de Atenas, que nas últimas semanas transformou-se num palco de ações de ódio racial.
Ação antifascista no centro de Atenas
Também no dia 8 de junho realizou-se uma ação antifascista no centro de Atenas com mais de 50 pessoas. A ação foi organizada pelo Grupo dos Comunistas Libertários, a Assembléia Anarquista pela Autodeterminação Social e o grupo Kathodon (Na rua). Foram distribuídos centenas de panfletos para os transeuntes, em casas e lojas e também no mercado popular de Agios Pavlos. O itinerário da ação começou na rua Marnis, passando pela Praça Vathis e Metaxourgeiou e acabando na rua Ipirou.
Bloqueio antifascista
Pela tarde do mesmo dia (8) realizou-se um bloqueio da cafeteria “De Fato” na municipalidade de Egaleo, em Attiki. O apelo deste bloqueio partiu da okupa Sinialo como resposta ao espancamento de um imigrante-trabalhador nesta cafeteria pelo dono do estabelecimento. Isto aconteceu na tarde da segunda-feira, 30 de maio, quando o imigrante pediu o dinheiro do seu trabalho que ainda lhe devia o patrão racista. Depois da agressão a polícia chegou e prendeu um compa que estava lá para mostrar a sua solidariedade (!) em vez de deter o patrão racista que tinha agredido o imigrante. Mais um exemplo da colaboração da polícia com os racistas e os neonazistas. O compa foi levado para uma delegacia local e depois para uma central da policia grega, onde passou a noite sem nenhuma razão. O dito patrão, em particular, é bem conhecido por esta atitude de negar o pagamento aos trabalhadores e proclama de todas as formas que a sua cafeteria é protegida pelos neonazistas da Xrysh Aygh.
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Não podemos tolerar pogroms racistas-fascistas na nossa vizinhança!
ESPAÇOS PÚBLICOS ABERTOS À TODXS XS SOCIALMENTE EXCLUÍDXS.
Lutas comuns de nativxs e imigrantes, trabalhadorxs, desempregadxs e juventude contra a exploração, pobreza, medo e racismo.
Se não resistirmos em todos nossos bairros, as cidade em quevivemos se tornarão prisões modernas.
Nenhuma tolerância à gangues fascistas.
TODXS À PRAÇA AMERIKIS
ENCONTRO
Segunda-feira, 13 de Junho, 2011, 6pm
Coletivos e residentes de Kypseli-Patissia-Acharnon
No dia 15 de junho, quarta-feira próxima, explodirá uma nova Greve Geral na Grécia. É a terceira só este ano, o que mostra o nível de descontentamento da população em geral com a economia e o governo.
A cultura política grega é algo muito marcante. No berço da democracia ocidental subentende-se que todxs devam ter um posicionamento político claro que se defende com paixão. Isso faz com que os protestos de uma maneira geral acabem quase sempre inflamando as ruas gregas com ações diretas, ocupações e conflitos cinematográficos (que são na verdade muito reais) com as forças policiais. E as Greves Gerais podem ser consideradas os ápices desses confrontos políticos.
E assim tem sido na história da Grécia. Nós, ativistas ligadxs ao FogoGrego, temos acompanhado mais de perto a luta social grega desde 2008 (quando os distúrbios de rua devido ao assassinato do jovem anarquista Alexis Grigoropoulos chamaram a atenção do mundo). As imagens e relatos impressionantes sobre os acontecimentos desta época nos inspiraram muito. E desde então os conflitos “povo x Estado” vem ocorrendo sem trégua no território grego. Greves gerais e conrontos aconteceram em 2008, 2009, 2010 e 2011 não tem se mostrado diferente.
Em solidariedade à luta do povo grego, muitas ações vêm ocorrendo ao redor do mundo (inclusive no Brasil). Como anarquistas somos internacionalistas e sabemos que a luta não conhece fronteiras. Portanto, chamamos a todxs a organizar ações de solidariedade com a Greve Geral de 15 Junho. Seja através da contra-informação (divulgação deste ou outros blogs de notícia na internet, pixações, stickers, etc), conversas com xs amigxs ou organização de debates a respeito do assunto, ou mesmo ação direta de solidariedade, com ocupações, faixas ou panfletagem. As formas e ideias são muitas. A solidariedade, nossa arma.
Abaixo uma lista de locais no território brasileiro interessantes para ações de solidariedade:
Manaus – AM: Consulado Honorário da Grécia Endereço: Rua Marcílio Dias, 300, 4° andar – Edifício Maria Tadros Cep: 69095-270 Telefone: (0xx92) 3633-2525 Fax: (0xx92) 3233-5798 jtadros@internext.com.br
Vitória – ES: Consulado Honorário da Grécia Endereço: Rua da Grécia, 320 – B. Vermelho Cep: 29057-660 Telefone: (0xx27) 3334-1210 Fax: (0xx27) 3227-8597 consuladodagrecia@poseidon.com.br
Curitiba – PR: Consulado-Honorário da Grécia Endereço: Rua Padre Anchieta, 2285, Conj. 203; Edifício Delta Center, Bigorrilho Cep: 80730-000 Telefone: (0xx41) 3026-4625 Fax: (0xx41) 336-7102 efezo@uol.com.br
Recife – PE: Consulado-Honorário da Grécia – Endereço: Rua do Hospício, 202/204 – Sala 801 Cep: 50060-080 Telefone: (0xx81) 3222-8686 Fax: (0xx81) 3231-1343 consulgr@elogica.com.br
Rio de Janeiro – RJ: Consulado Geral da Grécia Endereço: Praia do Flamengo, 344, Ap. 201 Cep: 22210-030 Telefone: (0xx21) 2552-2639, 2552-6849 Fax: (0xx21) 2552-6799 gconsrj@gbl.com.br
Santos – SP: Consulado-Honorário da Grécia – Santos – SP Endereço: R. João Pessoa, 69 – 16º andar Cep: 11013-001 Telefone: (0xx13) 3219-7393 Fax: (0xx11) 3219-4751
São Paulo – SP: Consulado Geral da Grécia Endereço: Av. Paulista, 2073 – Conj. Nacional Horsa II, 23o andar, Cj.2303 Cep: 01311-940 Telefone: (0xx11) 3251-0675, 3283-1231 Fax: (0xx11) 3289-0178 consulgrecia@sti.com.br
Brasília – DF: Embaixada da Grécia no Brasil – SES Av. das Nações, Qd 805, Lt 22, CEP: 70480-900 – Telefone : (+55)-61-3443 6573, Fax : (+55)-61-3443 6902 gremb.bra@mfa.gr – http://www.emb-grecia.org.br/
Apenas algumas sugestões, mas muitos outros locais podem ser palco de ações. Mobilize-se. A luta é internacional.
A Assembléia Popular da Praça Syntagma chama para o bloqueio do Parlamento – o novo acordo do FMI não pode passar!
[tradução para o inglês pelo occupied london]
Tradução para português pelo FogoGrego:
Noite passada (11 de junho) a assembléia popular da praça Syntagma anunciou um chamado para um bloqueio do parlamento grego antes da votação do assim chamado “acordo de médio prazo” (Mid-term) entre o governo grego e a troika (FMI, UE, Banco Central Europeu). O novo acordo inclui aumento selvagem de impostos, futuros cortes nos salários e pensões e a demissão de aproximadamente mais de 100.000 servidores civis nos próximos anos. O chamado para o bloqueio é um dos atos mais importantes já tomado pela assembléia de Syntagma até agora. 15 de junho está se preparando para se tornar um dia histórico na Grécia, uma mudança crucial para o bloqueio da carga à frente que o neoliberalismo fará aqui.
Não seja um espectador nessa – traduza e espalhe o texto abaixo; organize encontros aonde você estiver, ou venha se juntar a nós em Syntagma. Esta é uma luta das e pelas nossas vidas.
24 horas nas ruas!
Damos nossa própria RESPOSTA ao ACORDO DE MÉDIO-PRAZO
15 de junho, cercaremos o Parlamento.
Agora que o governo está tentando votar o acordo de médio-prazo, nós cercaremos o parlamento, nos encontraremos e permaneceremos em Syntagma.
Todxs juntxs, continuamos e fortalecemos as mobilizações que começaram no 25 de maio. Nossa primeira parada é a Greve Geral de 15 de junho. Não descansaremos até elxs se retratarem.
Nós apoiamos a Greve Geral por todos os meios e nos mobilizaremos pacificamente. No 15 de junho não vamos trabalhar nem consumir. Coordenamos com todxs xs cidadãxs que queiram expressar seu desacordo com o acordo de médio-prazo, com xs grevistas e os sindicatos, com as assembléias populares, com as mobilizações e ocupações país a fora. Chamamos xs artistas a apoiar a mobilização, tomar as ruas conosco e dá-la seu próprio toque.
Teremos três grandes pontos de encontro:
Todo mundo QUARTA, 15 de Junho, às 7am:
1. Em frente o parlamento.
2. Ponto do metrô Euagelismos
3. No Estádio Panatheanaic (na Avenida Vasileos Konstantinou)
Até 15 de junho iremos por toda Atenas para ter certeza de que o chamado da Assembléia Popular de Syntagma será espalhado em toda parte.
Vamos fazer nossa própria voz ser ouvida bem alta:
O ACORDO DE MÉDIO PRAZO NÃO PASSARÁ!
Assembléia Popular de Syntagma.
11 de Junho de 2011.
Infelizmente muitxs compas anarquistas estão encarceradxs pelo Estado grego. Obviamente devido à enorme força política (real, entre as massas) e combatividade destes grupos. E não é assim que historicamente procede o Estado? Aquelxs que são realmente uma ameaça a ele ou à ordem por ele instituída devem ser encarceradxs ou eliminadxs. Mais uma vítima dessas armações judiciais do Estado grego é o compa Aris Seirinidis. Seu julgamento será sexta-feira dia 10/06, e muitas manifestações de solidariedade já tem acontecido em solo grego. Maiores informações abaixo, no comunicado internacional tradizido pela Agência de Notícias Anarquistas – ANA.
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Ações solidárias.
Ontem, 7 de junho, aconteceu uma série de ações em toda a Grécia em solidariedade com o anarquista Aris Serinidis. O julgamento de Aris teve início nesta quarta-feira (8), mas foi transferido para a próxima sexta-feira (10).
Em Atenas, o Conselho de Estado foi bloqueado por anarquistas na manhã de ontem. Em Tessalônica, uma estação de rádio local (FM100) foi ocupada e lidos textos solidários no ar. Também em Tessalônica, Ioannina e Xanthi, anarquistas estabeleceram sistemas de megafones e distribuição de textos em solidariedade com Aris em praças públicas. Hoje, à tarde, aconteceu um “moto rali” de solidariedade em Atenas com mais de 100 motoclicletas. Gritando palavras de ordem e jogando folhetos os manifestantes percorreram várias ruas do centro de Atenas. Lukánikos, o cachorro de rua “anarquista”, também participou do protesto. Veja nas fotos.
Caso Aris Seirinidis
Aris Seirinidis foi preso em 3 de maio de 2010 em uma batida aleatória da polícia em Atenas e acusado, em princípio, de “posse de armas” e “resistência à autoridade”. Logo após a mídia e a polícia lançaram uma campanha de desinformação insinuando que Aris e outro anarquista realizaram um “roubo sangrento” num grande supermercado. No dia seguinte, as mesmas autoridades rejeitaram essa versão, e em 7 de maio foi decidido colocar Aris em liberdade sob fiança com acusações. No entanto, os policiais não contentes com esta decisão, imediatamente antes que o companheiro tivesse sido liberado para a rua emitiram um novo mandado de detenção. Desta vez Aris estava sendo acusado de atirar em policiais. Trata-se de um caso raro, uma daquelas histórias que se transformam em “lendas urbanas”: no início de julho de 2009 pela tarde, uma pessoa vestida de shorts, chinelos e… chapéu mexicano, coberto com uma máscara de médico saiu na rua Harilau Trikoupi, em Exarchia, e fez alguns disparos contra uma unidade da polícia que vigiava a sede do Pasok (Partido Socialista Grego). O caso chamado pela mídia de “um louco com chapéu” tornou-se um embaraço para a polícia. A única prova que encontraram foi a dita máscara de médico e declaram que seus testes de DNA batia com o material genético encontrado na carteira de Aris. Existem muitas contradições neste caso, até as declarações do chefe da polícia da unidade de controle antimotim não coincide com as características físicas de Aris.
O Luta Revolucionária (Epanastatikos Agonas — EA) é um grupo anarco-ilegalista de guerrilha urbana. Partidários do anarquismo insurrecionário, tem em suas ações uma prática contínua visando por um fim na dominação do Estado e na continuidade do capitalismo. Chamados erroneamente pela mídia coorporativa e sensacionalista de “terroristas”, em seus ataques jamais machucaram umx inocente. Apenas xs inimigxs saem feridxs.
Surgido em 2003, assumindo a autoria de uma espetacular explosão em um tribunal de Atenas, o grupo desde então participou de diversos atentados a bomba contra repartições públicas, casas de ministros e agências bancárias e disparos de armas de fogo contra forças policiais. Sua ação mais famosa talvez seja a do ataque contra a embaixada dos EUA em Atenas em 12 de janeiro de 2007, quando um lança-foguetes caseiro causou danos materiais ao edifício, o que os colocou na “lista de organizações terroristas” dos yankees.
No ano passado, Outubro de 2010, seis anarquistas foram encarcerados e acusados pelo Estado de pertencerem ao Luta Revolucionária. Enquanto três deles (Maziotis, Roupa e Gourna) confessaram realmente fazer parte da guerrilha, outros três (Kortesis, Nikitopoulos e Stathpoulos) negaram as acusações, dizendo-se anarquistas mas não membros do grupo em questão e negando participação nas referidas ações.
O texto abaixo é a respeito de uma grande campanha que vem sendo chamada na Grécia e no mundo, principalmente entre xs libertárixs, em solidariedade aos três compas inocentes vítimas dessa montagem judicial-midiática que quer lhes cobrar sobre crimes (aos olhos do Estado) que não cometeram.
O FogoGrego divulga esta campanha e se solidariza com xs compas (tanto os inocentes quanto os que se declararam culpados).
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Este golpe de Estado judicial sem precedentes não passará!
Xs três compas Christoforos Kortesis, Sarantos Nikitopoulos e Vaggelis Stathopoulos que são acusados de participarem do grupo de guerrilha urbana Luta Revolucionária mas tem repetidamente negado todas as acusações contra eles, receberam agora intimações para quinta, 9 de junho, às 10am para se apresentarem perante o Conselho de Juiz de Apelação que irá (re)decidir se “extenderão a detenção pré-julgamento ou não”.
No mesmo dia às 12:30, xs advogadxs de defesa de todas as pessoas envolvidas no mesmo caso foram chamadxs para se apresentarem perante o Conselho que irá emitir o decreto do processo, julgando quem será processado e em quais acusações.
A abordagem judicial apelativa (ou “as ordens dxs de cima”) para o re-emprisionamento dos três anarquistas é agora mais do que visível. O que xs juísxs queriam dizer com a frase “extender a detenção pré-julgamento ou não” dado o fato de que os camaradas não estão mais em detenção pré-julgamento mas foram soltos sob fiança a aproximadamente dois meses atrás, depois de uma decisão unânime e (supostamente sob as leis do Estado) irrevogável emitida pelo Conselho de Juiz de Apelação?
O Conselho de Juiz de Apelação esquece (?) de indicar que elxs não vão decidir mas re-decidir? Será a segunda vez (sem precedentes nos registros da história legal) que a mesma questão será examinada (parece que o primeiro julgamento não “encaixou” no cenário imaginativo no qual a unidade antiterrorista montou com respeito aos nossos três compas). De fato, seu aprisionamento já durou 12 meses, e as leis do Estado estipulam que nenhum conselho tem a jurisdição de prendê-los novamente até que enfrentem julgamento.
Contra-informação e solidariedade em encontro microfonado (com PA’s) no Domingo, 05 de Junho, 4pm, Propylaea, Atenas.
ENCONTRO DE SOLIDARIEDADE
Quinta-feira, 09 de junho, 9.30am, Corte de Apelações, Rua Loukareos, Atenas
NÃO DEIXAREMOS NENHUMX COMPA NOSSO SOZINHX
TIREM SUAS MÃOS DE NOSSO COMPAS
VAGGELIS, CHRISTOFOROS E SARANTOS
Mantenha-nos informadxs de quaisquer ações em qualquer parte do mundo em solidariedade axs 3 compas detidxs.
Liberdade ao compa Giannis Skouloudis, encarcerado pelo Estado grego.
Algumas semanas atrás, o pai do anarquista Giannis Skouloudis (preso após queimar veículos utilitários da empresa elétrica DEI em 13 de outubro de 2010, em Tessalônica) divulgou uma carta. Ainda que tardiamente, a divulgamos com prazer, porque raras vezes os pais vão além da defesa puramente emocional de seus filhos e filhas e se mostram verdadeiramente solidários com eles e elas.
[N.FG.: Carta traduzida para o português por A.N.A. (Agência de Notícias Anarquistas)]
Carta do pai do anarquista Giannis Skouloudis
“(O “terrorismo” como um ato de inocência…) Desde quando meninos de 20 anos são chamados de terroristas? Quando você tinha 2 anos foi batizado cristão e aos 22 te batizaram de terrorista, estavam te elogiando porque você já leu mais livros do que aqueles que foram forçados a ler na escola e agora usam isso como prova contra você, te colocam um avental branco nos desfiles e agora te vestem com um chaleco branco à prova de balas quando te levam ao tribunal…” As reflexões são vossas…
Passou 7 meses desde o dia em que prenderam meu filho Giannis Skouloudis por atear fogo a um carro da DEI. O fato de que ele assumiu a responsabilidade por essa ação resultou em sua prisão, na “instituição penitenciária de menores em Avlona” como vocês, o Estado, chamam a estes modernos lugares de punição para as almas humanas.
Vendo como a guerra se intensifica ao longo deste período senti a necessidade de saudar, querendo dar força e coragem, a todos àqueles que estiveram ao seu lado, todos aqueles que resistem, lutam e continuam lutando dentro e fora dos muros contra este sistema podre que nos fazem escravos. Contrariamente ao “curvar-se, lamber e pegar o que puder”. Ao contrário do “ser correto e decente”, contra a história de “ficar com” e contra o modo de vida moderno que, como seu ideal supremo, promove a paz, a ordem e a segurança. Pela minha parte, como pai estou orgulhoso do meu filho e sua postura, mas também de todos os outros meninos que lutam pela liberdade de pensamento e do indivíduo.
E algumas palavras para os pais: nós trouxemos ao mundo os nossos filhos, temos os criado, e chegou o momento de deixá-los para que nos conduzam para o futuro. Não devemos tentar mantê-los amarrados ao passado. Temos que estar ao seu lado nas barricadas e agora temos que aprender com eles.
Eu envio a minha solidariedade a todos os presos políticos, mas também aqueles que estão fora dos muros e seguem lutando, aos que escolheram o difícil caminho para a liberdade total.
Giorgos Skouloudis
Quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ontem, domingo 05 de junho, uma multidão cujo tamanho dificultou até mesmo uma estimativa de números, se encontrou no centro de Atenas para protestar contra a crise capitalista e o Memoramdum. O chamado para um levante pan-europeu viu mais de 100.000 (alguns estimam números muito maiores) enchendo a praça Syntagma e muitas avenidas na proximidade. Em contraste a encontros anteriores, a presença policial foi também bem maior, com cercamento entorno do prédio do parlamento e linhas duplas ou triplas de policiais anti-distúrbio em volta.
A cidade está agora se preparando para a Greve Geral de 15 de junho, que também é a próxima data de ação anunciada na praça Syntagma. Ambas as mobilizações (Greve Geral e a ação dxs okupantes de Syntagma) tem como alvo o novo acordo entre o governo e a troika (FMI/UE/Banco Central Europeu) que de acordo com os planos dxs de cima está para ser votada no parlamento na manhã do dia 15. A assembléia da praça Syntagma já convocou um bloqueio do parlamento a partir da noite do dia 14. Em adição às cercas instaladas em volta do parlamento, também já foi posicionado um canhão d’água para ser usado contra xs manifestantes.
Ontem manifestações similares aconteceram em Tessalônica, Patras, Heraklion, Larisa, Volos e muitas outras cidades gregas. Na cidade de Chania, ilha de Creta, fascistas apareceram empunhando armas no encontro, numa falha tentativa de provocar a multidão lá reunida.