E por fim, o parlamento grego cedeu. Mesmo com o prédio sitiado pelxs centenas de milhares de manifestantes da Greve Geral dos dias 28 e 29 do mês passado, acabou por votar a favor do acordo com o FMI, o Banco Central Europeu e a UE, aceitando suas condições em troca de uma suposta ajuda para tirar a Grécia do buraco onde o governo a meteu. Demissões em massa, reduções nos salários, privatizações de estatais, cortes de direitos trabalhistas historicamente conquistados, etc. fazem parte das chamadas “medidas de austeridade” impostas pela troika em troca de mais empréstimos.
Mas dizer sim aos abutres do FMI-BCE-UE é uma coisa; dizer que agora vai dar tudo certo é outra história. O povo não vai aceitar este “presente de grego” do seu próprio governo. Diferente do que disse Willian Bonner no Jornal Nacional da noite do dia 29 de junho, o povo grego não voltou para casa desconsolado. Na mesma noite grupos radicais incendiaram várias partes de Atenas. A praça Syntagma tampouco foi desocupada, tendo no dia 30 uma de suas maiores assembléias populares. O movimento “Den Pliróno” (“eu não pago”), que boicota as tarifas do transporte público e pedágios, tem crescido assustadoramente. Ativistas se organizam para pressionar o governo a soltar xs detidxs nas manifestações durante a Greve Geral. Os grupos anarco-inssurecionários não cessaram a intensidade dos ataques desde 2008.
E mais conflitos estão por vir, pode estar certo disso.
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[abaixo algumas imagens da greve geral dos dias 28 e 29 de junho]
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